E que tal arregaçar as mangas?

Não devo ser o único que está cansado da palavra (Covid), dos números de mortos, dos infetados, dos recuperados, dos que estão por recuperar, das restrições, do que podemos ou não fazer, das opiniões dos mais ou menos especialistas, do agora abre, agora fecha, para alguns…ou para todos.

Vamos ser honestos, isto é um vírus e não vai desaparecer. Ao longo da história da humanidade fomos lidando com estes atacantes, com os recursos possíveis à época e sobrevivemos, certo? É um vírus. Somos contagiados e contagiamos. Vamos lá ser pragmáticos. Há alturas em que é preciso e esta é uma delas. Os especialistas dizem que para a “coisa” ficar menos perigosa precisamos de ter 60% da população imune. A vacina já existe e está a ser administrada. Sei que existem os céticos e desta vez até os entendo, quem diria que o remédio ia ser descoberto tão rápido! Mas eu por princípio, acredito nas pessoas. Não gosto de perder tempo com as chamadas teorias da conspiração, prefiro mesmo acreditar que os cientistas deram o seu melhor para encontrar a solução para este mal. Para os que dizem não à vacina, tudo bem, desde que os que dizem sim sejam em número suficiente para ficarmos com a tal imunidade, fora de perigo.

Problema resolvido.

Agora, há que pensar em grande. Pensem comigo: se em vez de mandarmos as crianças para casa, porque não colocar nas escolas equipas a vaciná-las? Em vez de impedirmos as viagens porque não as companhias de aviação oferecerem um voucher vacina a quem quer viajar? Vamos dizer aos que querem visitar Portugal que lhes oferecemos a vacina.

Os centros de vacinação assim como as farmácias deviam funcionar 24 horas por dia, os estudantes de medicina chamados para apoiar. Investir menos na aquisição de máscaras, álcool gel e luvas e mais em vacinas.

Pensar diferente. Só assim é que vamos conseguir chegar ao número que nos permite voltar à normalidade e retomar as nossas vidas. E não estou a falar daquele normal pré-Covid, mas sim num novo e até melhor, porque aprendemos todos com isto.

Porque não mobilizar toda a sociedade? Acredito sempre que juntos somos mais fortes e se é preciso vacinar, vacine-se. Não há médicos e enfermeiros suficientes? Chamemos os veterinários. Sim e eu não me importo de ser o primeiro para servir de exemplo. Chamem os consultores para auxiliar na parte burocrática, logística…cada um de nós pode contribuir de alguma forma para terminar esta batalha. Por si, por mim, por todos. Vamos ser os primeiros na Europa a dar o exemplo do que é uma sociedade mobilizada pela causa que é mundial. Vamos repensar melhor a forma de fazer isto, fazer com que realmente aconteça.

Estamos no ponto em que não nos podemos dar ao luxo de outro lockdown, de ficar à espera de saber o número de mortes, de infetados, mas sim, de sabermos o número de vacinados por dia, até ao objetivo: 60% da população com imunidade. Aí vamos poder respirar, porque o pior já passou.

E já agora, como todos gostamos muito dos nossos políticos, sugiro que comecem por eles, para ficarem com todas as condições para liderar este processo e logo seguidos por aqueles entendidos em “burlar” o estado. Nessa altura podemos dizer: – Agora sim está tudo normal.

Leave a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *