“O mundo do emprego no futuro, vai exigir aquilo a que chamo “especialistas com conhecimentos gerais”, pessoas com cultura e conhecimento geral, que demonstram vontade e capacidade de estar sempre a aprender e que encontram de uma forma rápida e criativa soluções para os desafios que o dia a dia vai colocando.”
- Todos os dias, quando continuamos a oferecer apenas o sistema de ensino tradicional, estamos a prejudicar a nossa juventude e o futuro do nosso país.
- Precisamos de evoluir. O sistema que está ultrapassado e cansado, funcionou no passado, mas não funciona hoje.
- A educação precisa de se tornar mais flexível, personalizada e relevante para o aluno de hoje.
- Precisamos que todos os intervenientes se envolvam na mudança da educação, desde as nossas escolas, professores, pais, comunidade e governo, porque é a única forma de voltarmos a envolver os alunos nas escolas, na comunidade e no futuro do emprego.
- Precisamos de tornar os nossos currículos mais cativantes e personalizados para os alunos, para que estes se sintam motivados a ter um bom desempenho porque se identificam com eles.
- Temos de começar a concentrar-nos no desenvolvimento de competências desde o início, à medida que vão surgindo novos requisitos e empregos.
- Temos de adotar a tecnologia e a IA para podermos personalizar a educação e utilizar a tecnologia para reduzir o tempo perdido pelos professores em tarefas desnecessárias, como a preparação, a correção de trabalhos e a burocracia na apresentação de relatórios.
- Temos de permitir que os alunos comecem os anos de fundação, se assim o desejarem, a partir dos 16 anos de idade, para as universidades ou para os estudos profissionais que são necessários para a força de trabalho atual.
- Temos de fazer com que a escola se assemelhe mais ao local de trabalho, à comunidade em que os nossos alunos vão viver, e não os programar para anos de silêncio, sem contacto entre pares, respondendo a perguntas em vez de as fazer.
- Temos de garantir que os nossos alunos saem da escola mais humanos e melhores cidadãos, com a convicção e as competências de que podem contribuir para o mundo.
- Temos de fomentar mais resiliência e persistência, dando aos nossos alunos roteiros para o seu percurso educativo, para que se sintam desafiados, mas no controlo do seu próprio destino.
- Precisamos que os nossos alunos sejam curiosos, tenham bom senso e iniciativa, porque estas são as competências do futuro.
A boa notícia é que tudo isto é possível através de pequenas mudanças no atual modelo de ensino. A boa notícia é que os professores, os pais, os empregadores e, acima de tudo, os alunos estão a querer a mudança.
Algumas pessoas, com planeamento e empenho, podem fazer uma enorme diferença na forma como preparamos os nossos jovens para o mundo de hoje.
- Pequenas mudanças, como o fim dos períodos de férias fixos, mas um período de férias flexível.
- Exames mais frequentes para reduzir a ansiedade e promover o bem-estar mental.
- Um currículo personalizado em que encontremos o talento de cada aluno e o deixemos desenvolver-se de acordo com ele.
- Desenvolver os nossos professores para que se tornem mais motivadores e inspirem os nossos alunos a atingir os seus objetivos.
- Utilizar as nossas comunidades e empresas para ajudar os nossos alunos a ganharem experiências para verem do que gostam ou não gostam.
- Todas estas pequenas, mas importantes mudanças prepararão os nossos alunos para os dias de hoje, atrairão mais professores para o sector educativo e, no final, promoverão uma sociedade melhor e o crescimento económico, uma vez que teremos mais alunos a utilizar os seus talentos.
- Portugal não tem o luxo de deitar dinheiro fora e chamar isso de investimento na educação.
- Portugal pode vir a ser um case study na mudança da educação para o mundo.
- O futuro está cheio de oportunidades se nos estamos preparados para aproveitar.
- Todos os anos vamos ter menos estudantes nas idades escolares tradicionais, mas vamos ter mais necessidade de upskilling e reskilling da nossa população.
Sim, isso exigirá que sejamos corajosos e deixemos de fazer coisas que foram confortáveis durante tanto tempo e passemos a fazer coisas novas que construirão um futuro melhor para todos nós.
Um passo de cada vez, construído com base numa visão e executado com um plano que conta com todas as partes interessadas para o seu sucesso. Um plano que dê mais autonomia, acolha as novas tecnologias e acredite na nossa juventude e em todos os outros atores que querem fazer de Portugal um lugar melhor.
- A educação é o melhor plano econômico para Portugal porque o nosso maior recurso natural é as nossas pessoas, os Portugueses.
Tim Vieira